Autor: James C. Hunter
"Você está convidado a juntar-se a um grupo que durante uma semana vai estudar com um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos. Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes. Se você tem dificuldade em fazer com que sua equipe dê o melhor de si no trabalho e gostaria de se relacionar melhor com sua família e seus amigos, vai encontrar neste livro personagens, idéias e discussões que vão abrir um novo horizonte em sua forma de lidar com os outros. É impossível ler este livro sem sair transformado. "O Monge e o Executivo" é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor." - Sinopse
Quem é James C. Hunter?
“Sou um pai cristão e um marido que vislumbra glorificar deus através de sua vida” James C. Hunter
J. C. Hunter - escritor e Consultor-chefe da J. D. Associados |
"Amante do futebol americano nasceu em Detroit, Michigann No dia: 26 de junho de 1955.
Grande professor de liderança, com certa inclinação à indisciplina física, leitor assíduo da bíblia, fã do livro de João.
Consultor-chefe da J. D. Associados, uma empresa de consultoria de relações de trabalho e treinamento. Com mais de 20 anos de experiência, Hunter é muito solicitado como instrutor e palestrante, principalmente nas áreas de liderança funcional e organização de grupos comunitários. Atualmente, ele mora em Michigan com a esposa e a filha.
Hunter é muito solicitado como palestrante, na área de Liderança. Seus clientes incluem algumas das mais admiradas empresas do mundo, como Nestlé, American Express, Procter&Gamble, entre outros.
Pensamento preferido:
“O que pensamos e no que acreditamos traz, no final, uma conseqüência pequena. A única coisa que traz grandes conseqüências é o que fazemos”
John Ruskin
James C. Hunter, autor de "O Monge e o Executivo", fala sobre como inspirar equipes e contribuir para o êxito corporativo.
O ato de "servir" pode lembrar submissão e fraqueza. Mas a idéia de agir de forma cooperativa nas organizações, a despeito de toda a competitividade que cerca esses ambientes, vem sendo bem-recebida por milhares de pessoas. Pelo menos é o que se conclui a partir da vendagem recorde de "O Monge e o Executivo: Uma História Sobre a Essência da Liderança", de James C. Hunter, que trata sobre liderança servidora. O livro, traduzido para dez línguas, já vendeu mais de 420 mil cópias somente no Brasil, país em que a tiragem média da primeira edição de um livro é de, em média, cinco mil exemplares.
Quatro dentre os doze IT Leaders de 2005 (profissionais premiados pelo jornal COMPUTER WORLD por suas práticas de gestão em TI) elegeram "O Monge..." como seu livro de cabeceira. Osmar Marchini, CIO da Itaú Seguros, é um deles. "Esse livro foi uma descoberta. Indiquei-o para vários funcionários daqui", conta.
Uma abordagem transforma chefes em mentores. Uma vez que os valores e a missão da empresa estejam claros para o líder, a providência seguinte é fornecer, aos empregados, tudo aquilo de que necessitam para realizar o melhor trabalho possível, de recursos a inspiração. "Se você conquista corações e mentes, faz com que sua força de trabalho entenda os benefícios de doar-se à organização. A estratégia deve ser a de construir autoridade, não poder; de exercer influência, não medo ou intimidação", resume o autor."¹John Ruskin só não considerou que o que pensamos é o que nos faz agir, e James Hunter, o grande escritor, também não atentou-se a isso.
Pequena crítica a alguns pontos do best-seller
Desafiar os velhos caminhos requer muito esforço, mas acomodar-se nos paradigmas ultrapassados, também.Absurdo! Nada menos.
O livro apresenta um "novo paradigma", e o representa da seguinte maneira:
Vamos colocar o presidente no lugar do general, os vice-presidentes no dos coronéis, os gerentes intermediários no dos capitães e tenentes, e os supervisores no dos sargentos. Agora adivinhem quem está na base da organização típica?
- Os soldados - três de nós responderam em uníssono.
- Não são mais os soldados - o pregador anunciou. - Agora nós nos referimos a eles como os empregados ou associados.
- Obrigado, Lee — Simeão sorriu. — E onde está o cliente neste modelo?
Quem está mais próximo do cliente, o presidente ou os caras que executam o trabalho e agregam valor ao produto? Espero que a resposta seja óbvia para vocês." James Hunter, em O Monge e o Executivo (...)
Desafiar os velhos caminhos requer muito
quando olho para o modelo no quadro, fico admirado por termos o cliente no mesmo lugar do inimigo. Você acredita mesmo que as organizações vêem o cliente como um inimigo?
- Com certeza eu não gostaria que fosse assim, pelo menos conscientementeOs clientes são postos como inimigos neste modelo piramidal apresentado na obra O monge e o executivo. - Absurdo - Interessante é somente que com a inversão da piramide quem mais deve trabalhar, segundo o modelo teórico, é o líder, nada mais destaca-se nesta representação piramidal invertida, "removendo os obstáculos".
Uma vontade é simplesmente um anseio que não considera as conseqüências físicas ou psicológicas daquilo que se deseja. Uma necessidade, por outro lado, é uma legítima exigência física ou psicológica para o bem-estar do ser humano.É válida a distinção entre vontade e necessidade, mas estas abstrações foram arriscadas. A vontade pode considerar as consequencias do realizado, cabe então saber dirigir a vontade.
o líder deve incentivar e dar condições para que as pessoas se tornem o melhor que podem serE como o líder saberá que elas estão se tornando o melhor que podem ser, ele sabe (por algum acaso) qual é esse ponto máximo? Ele deve imaginar um?
Nem todos podem ser presidentes da empresa ou o melhor aluno da sala.Primeiro: o que se quer dizer com 'poder'?
Segundo: quem determinou o que cada um pode fazer e por que realizou estas determinações? Existe uma necessidade para esta determinação e existe possibilidade de mudança no paradigma que nos leva a essa determinação? Se existe, quem está trabalhando nela? Ninguém? Porque ninguém? Se não há possibilidade de mudança de paradigma quanto ao que cada um é capaz de fazer, então por que ainda não se padronizou e oficializou os nomes destas castas?
Pregração religiosa-cristã (o objetivo do livro)
Natal e Páscoa, são baseados em eventos da vida de JesusOs historiadores mais sérios sabem que não há evidencia qualquer da existência do "Jesus bíblico", assim também como nada comprova seu nascimento na data da comemoração romana, egípcia e doutras culturas e povos, data em que hoje se comemora o "natal". Esta afirmação de James Hunter não possui qualquer fundamento, a não ser a própria crença religiosa do escritor.
Jesus possuía muita influência, o que Simeão chama de autoridade, e é capaz de influenciar pessoas até os dias de hoje. Ele nunca usou o poder, nunca forçou ou coagiu ninguém a segui-lo.Novamente, James Hunter apela a existencia jamais provada do "Jesus bíblico". Além disso ignora tudo o que se fez pelas instituições religiosas-cristã para "popularizar" o cristianismo; ignora todo o sangue que verteu em espadas e evaporou em fogueiras em nome "verdade cristã", em episódios marcantes da história humana.
Provavelmente dirão 'não foi jesus', concordo, até mesmo porque nada prova que ele existiu, mas foram os seguidores deste mito, assumidos, e negar isso é negar a causa da popularidade atual do cristianismo (e uma das causas do ateísmo de muitos).
como o universo foi criado? O universo é um lugar seguro ou hostil? Por que estou aqui? O universo foi feito ao acaso ou há uma finalidade maior? Há algo depois da morte? Todos nós pensamos nessas coisas, claro que alguns mais do que outros. Até os ateus são pessoas religiosas, porque eles também têm respostas para essas perguntas.Argumento impertinente, pois leva a concluir que todo ser humano é religioso, porém, então, o que significam as religiões (espiritismo, cristianismo, xintoísmo)? Além do que Hunter se precipita desmedidamente quando afirma que os ateus têm respostas para estas perguntas. James Hunter, como crRistão, também parte do pressuposto que o universo foi criado, então quem criou? E este criador, quem criou? Não foi criado? Como se explica isso? Por crença religiosa? Por que alguém disse ou escreveu que é verdade?
muito do Novo Testamento foi originalmente escrito em gregoOriginalmente? Como copistas criam um original? Os mais antigos textos não são originais.
o amor [αγάπη] é paciente, bom, não se gaba nem é arrogante, não se comporta inconvenientemente, não quer tudo só para si, não condena por causa de um erro cometido, não se regozija com a maldade, mas com a verdade, suporta todas as coisas, agüenta tudo. O amor nunca falha." base Corinthios 13Grande erro ao colocar o amor como um comportamento e só. Como é exposto este amor é um pensamento que leva a um determinado comportamento, e usa de outros pensamentos/comportamentos para com a somatória destas atitudes ser o que classificou-se como amor ágape. mas não é o afeto a base que garante a honesta prática destes "comportamentos" que formam esse "amor ágape [αγάπη]"? Concluímos que não há amor sem sentimento, nem mesmo a este "amor ágape" falta sentimento — sem sentimento não há amor; o amor não é uma tática de liderança.
Caridade e serviço talvez definam melhor agapé do que a definição de amor que se encontra nos dicionáriosA caridade como base no amor faz desse amor um grande engano. O amor é mais nobre que a caridade e deveria ser exercido antes desta. Enlatar o amor noutra coisa é descaracterizá-lo.
satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso implique sacrificar suas próprias necessidades e vontades. Esta também seria uma linda definição de liderançaBem, se satisfazer as necessidades dos outros implica em sacrificar a própria vontade, então não se tem vontade de satisfazer as necessidades dos outros, então por que se denomina líder? A vontade do líder é a necessidade dos liderados. Um líder deve buscar esse nível de vontade com toda a sua vontade.
Comportamento afirmativo consiste em ser aberto, honesto e direto com as pessoas, mas sempre de maneira respeitosa. Perdoar é lidar de um modo afirmativo com as situações que aparecem e depois desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento.E quanto a pessoa, como procede-se com ela? Perdoar não é não condenar? Se alguém faz algo errado em minha empresa, eu demito este alguém e esqueço-o não guardando nenhum recentimento a seu respeito, o perdoei? Se não, por tê-lo mandado embora, se o mantenho na empresa e ele reincide, então não o perdo-o? Então o perdão tem limite? Se sim, então em alguns momentos o líder não deve perdoar.
Se não queremos o bebê, abortamos, se não queremos o cônjuge, nos divorciamos, e se não queremos o vovô, praticamos a eutanásia. Uma linda sociedade descartável.O aborto, o divorcio ou a eutanásia não são os problemas, são consequências deles. Não há porque contestar as consequências.
Há ocasiões em que me aborreço com Deus e chego a não gostar muito Dele. Em outras ocasiões, meu sistema de crença me parece bem inaceitável. Tenho muitas perguntas, e há coisas na vida que me parecem injustas. Mas o que eu sinto tem pouco a ver com o meu amor por Deus e meu compromisso na relação com Ele. Mesmo quando me sinto mal ou em dúvida, ainda posso amá-lo sendo paciente, atento ao nosso relacionamento através da oração, sendo autêntico, respeitoso, honesto e mesmo perdoando. Posso fazer isso e faço, especialmente quando não tenho vontade.Irrisonho ver um homem colocar Deus sob a sua paciência, chegando também ao ponto, inclusive, de pô-lo sob seu perdão. Conformismo e desentendimento que beira o surreal.
C. S. Lewis, um de meus autores prediletos, uma vez disse que, se você não acreditar que é autocentrado, provavelmente é autocentradoVocê acredita que é autocentrado? Se me responde não, como a citação de Lewis feita no livro nos fala, você provavelmente é autocentrado, se disser sim, então, de fato, deve ser; conclusão: provavelmente todos são autocentrados. Absurdo.
Conclusão
Será que este livro só virou best-seller porque diz que o maior e o melhor líder que já existiu foi Jesus?
Eu não queria acreditar nisso, mas é o que me parece. Me parece que as pessoas querem ver mais cristianismo disseminado nos livros... Será este mais um aspecto da decadência cultural?
1. http://cult.nucleo.inf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=517:james-c-hunter&catid=127:escritores
É mesmo lamentável este livro e como best-seller traduz o pensamento acrítico que impera em todos os níveis. O proselitismo estadunidense de propaganda e teses acadêmicas, no Brasil tem o condão de manter o seu estado de dependência material e ideológica, expressa pelas ideias contidas no livro.
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